Quando se olha objetivamente, a maioria das plantas industriais constitui uma zona de risco. Muitos materiais necessários para a operação do processo, e também, produtos acabados, são inflamáveis ou explosivos. Quanto mais desses materiais forem necessários para o processo de fabricação ou forem gerados – por exemplo, em indústrias químicas ou petroquímicas – maior será o risco e as medidas de segurança devem ser mais abrangentes. Qualquer faísca leve, qualquer sobreaquecimento pode levar a uma explosão com consequências fatais.
O padrão elevado de medição e controle tecnológico em plantas industriais serve como prevenção. A calibração de rotina está ocorrendo cada vez mais na planta (ex., usando o calibrador de pressão WIKA intrinsecamente seguro modelo CPH65I0). As exigências impostas ao instrumento de referência para o controle em áreas de risco são elevadas. A “adequação Ex” de um instrumento é garantida com o certificado ATEX (Atmospheres Explosives, Atmosferas Explosivas). Subjacente a esta diretiva é a Diretiva 94/9/CE da Comunidade Europeia, a fim de evitar explosões indesejáveis na indústria. Neste âmbito, todos os requisitos relevantes para calibradores, equipamentos e componentes são estabelecidos. Se os calibradores forem desenvolvidos, projetados e fabricados em conformidade com a presente diretiva, podem ser submetidos a um exame de conformidade (EC). Se for aprovado, o instrumento recebe um certificado ATEX.
Calibrador de pressão intrinsecamente seguro modelo CPH65I0
Em geral, deve ser observado que os itens contra explosão devem somente ser testados utilizando calibradores aprovados. Os circuitos em tais instrumentos (ex., o calibrador de pressão WIKA intrinsecamente seguro modelo CPH65I0) são todos de corrente e voltagem limitado. A sua energia é limitada de modo que, mesmo numa situação de falha, qualquer perigo de ignição ou dano do item de teste é eliminado. Se, por exemplo, um transmissor de processo aprovado pela ATEX for testado com um calibrador não intrinsecamente seguro, os danos causados por saídas de corrente e tensão ilimitadas não poderiam ser excluídos. Contra este risco, para calibradores não intrinsecamente seguros, uma barreira de segurança (tal como um separador de zona) teria de ser interposta. No entanto, esses dispositivos de proteção afetam a precisão da medição, de modo que erros adicionais teriam que ser considerados na calibração. A segurança intrínseca torna essas considerações redundantes.
A demanda por calibradores portáteis em áreas de risco está aumentando – não só por razões de segurança, uma vez que – itens de teste protegidos podem permanecer na planta, mas ainda podem ser calibrados com precisão. Os dispositivos móveis são, para muitas aplicações industriais, também uma solução econômica – mesmo quando o valor de aquisição dos produtos intrinsecamente seguros é mais elevado. Como uma calibração no local resulta em apenas uma interrupção relativamente curta no processo. O operador pode economizar tempo – e assim dinheiro.
Os instrumentos ATEX fornecidos pela WIKA podem ser certificados para uso no Brasil através de CSE-INMETRO.