O hexafluoreto de enxofre é o gás mais utilizado como isolante em equipamentos de distribuição e transmissão de energia. A água, no entanto, pode afetar negativamente as funções dielétricas do gás SF6. Para evitar problemas operacionais e de segurança, é importante medir e monitorar os níveis de umidade nos equipamentos isolados a gás.
Devido às suas excelentes propriedades dielétricas, o hexafluoreto de enxofre (SF6) é o isolante preferido em equipamentos elétricos de transmissão e distribuição. Os painéis isolados com gás SF6 são hermeticamente fechados. No entanto, durante a vida útil do equipamento, impurezas podem chegar ao compartimento de gás por meio de mangueiras, gaxetas e equipamentos de manuseio de gás.
Impurezas no gás podem afetar a qualidade do isolamento e causar falhas. Os problemas de isolamento são responsáveis por 57% das falhas em painéis elétricos isolados a gás. A água impede a recombinação de enxofre e fluoreto em hexafluoreto de enxofre. É a impureza mais problemática, pois o H2O não apenas diminui o isolamento, mas também cria um ambiente ácido que promove a corrosão, danificando o equipamento e gerando vazamentos, o que representa sérios riscos à segurança do pessoal e do meio ambiente.
Umidade no gás SF6
O SF6 no compartimento de gás pode absorver determinada quantidade de água. Quando a quantidade de água ultrapassa o ponto de saturação do gás, o excesso se condensa e forma uma camada de água (se a temperatura do gás estiver acima do ponto de congelamento) ou sublima e forma uma camada de gelo (se a temperatura do gás estiver abaixo do ponto de congelamento). A quantidade de água que o gás pode absorver depende da temperatura do gás. Em condições fixas, a quantidade de moléculas de água indo e voltando da camada de H2O para o gás ocorre em equilíbrio dinâmico. Conforme a temperatura do gás aumenta, mais moléculas de água passam para o gás até alcançar um novo equilíbrio.
Medindo a umidade
Para um isolamento adequado e corrosão mínima, é necessário monitorar o nível de umidade em um painel e mantê-lo abaixo do ponto de saturação. Existem dois métodos comuns para medir a umidade em gases:
1. Tecnologia de Espelho Resfriado
Parte do gás SF6 no compartimento é direcionada para um espelho para medir o ponto de condensação do gás. O espelho é resfriado por um elemento Peltier até a condensação ou a formação de uma camada de gelo. Em seguida, uma luz LED brilha na camada de condensação / gelo, com sua refração captada por um fotodetector. Este método é simples e funciona bem em diversas condições. Por outro lado, é demorado e mais caro do que outras tecnologias de medição.
2. Sensor Capacitivo Tipo Polímero
Um polímero prensado entre dois eletrodos metálicos porosos (membranas) é inserido no compartimento de gás. A capacitância do sensor muda conforme mais ou menos moléculas de água entram no polímero. Este método de medição relativamente rápido é válido para todos os sensores eletroquímicos. Também é muito mais barato do que a tecnologia de espelho resfriado.
Com a crescente automação e desenvolvimento da rede elétrica, está se tornando um padrão não apenas monitorar os níveis de umidade, mas também as condições gerais do hexafluoreto de enxofre. Dispositivos multifuncionais (all-in-one) podem medir a qualidade total do gás. Por exemplo, os valores de referência do instrumento de análise modelo GA11 da WIKA são pureza e umidade (usando um sensor de polímero capacitivo). Parâmetros adicionais incluem temperatura, pressão, densidade e produtos de decomposição do gás SF6. Outras unidades, como o GDHT-20 da WIKA, possuem recursos de armazenamento e processamento de dados integrados que ajudam a identificar tendências e evitar falhas.
A WIKA possui décadas de experiência no monitoramento de gás SF6. Para mais informações, fale com nossos especialistas hoje mesmo.