Na projeção de uma planta industrial é essencial que se delimite as zonas de acordo com o conceito de área classificada. Pois somente desta maneira os parâmetros de segurança serão seguidos corretamente, evitando quaisquer tipos de acidentes. Logo, é preciso que você conheça alguns pontos-chave sobre o assunto para que, então, compreenda como a segurança operacional depende do tipo de instalação utilizada.

Área classificada e atmosferas explosivas: informações básicas

Para definir o que seja uma atmosfera explosiva partiremos do fator principal: o risco de explosão. Assim, esse tipo de ambiente é considerado mais propenso à ocorrência de acidentes. Já que segundo a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), esses locais são potencialmente inflamáveis e explosivos devido aos gases, vapores, poeiras ou mesmo outras substâncias inflamáveis utilizadas nos processos industriais. Para que os parâmetros de segurança sejam seguidos à risca, foi criado o conceito de área classificada. Esse modelo de classificação se dá em razão, justamente, do manuseio de substâncias consideradas explosivas em determinadas zonas da planta industrial. E a maior finalidade desse tipo de técnica é facilitar a projeção dos riscos e aumentar os cuidados empregados durante as operações. Pois além de ser um requisito legal de funcionamento, também está relacionada ao sucesso de um negócio. Uma vez que os bons resultados são frutos de processos seguros e eficientes. Além do mais, a avaliação não deve acontecer somente na idealização do projeto, mas também nos controles que são feitos rotineiramente. Pois é preciso unir objetivos, valores e procedimentos para que questões como segurança sejam colocadas sempre em posição de destaque.

Zonas de risco: tipos de áreas classificadas

Uma área classificada pode corresponder a níveis diferentes de periculosidade. Por isso, há uma segmentação em basicamente três tipos de zonas, sempre de acordo com o nível de circulação das substâncias inflamáveis:

  • Zona 0: risco constante de formação de atmosfera explosivas e que se dá por períodos mais longos de tempo.
  • Zona 1: risco de formação de atmosfera explosiva ocasional e em condições de trabalho consideradas como normais.
  • Zona 2: risco de formação de atmosfera explosiva excepcional, sendo devido a condições atípicas de trabalho e a formação de misturas explosivas se dá por períodos mais curtos de tempo.

Com isso, temos que a planta deve ser classificada de maneira segmentada e de acordo com os parâmetros designados pelos tipos de zona. E o resultado disso pode ser a ocorrência, em paralelo, de diferentes tipos de área classificada em uma mesma linha de produção. Assim, aumenta-se a necessidade de planos de controles específicos para cada situação. Além do mais, outros pontos devem ser considerados nessas avaliações de risco: a possibilidade de existência de uma atmosfera explosiva na zona, sua proporção e extensão; a persistência da situação e a frequência com que ela ocorre; ou ainda outras questões que julgar necessárias durante análises.

Protocolos de segurança para redes industriais

Nas ditas áreas classificadas, onde o risco da formação de uma atmosfera explosiva é mais evidente, a ABNT é responsável pela definição de parâmetros de segurança. Já que o estudo dessas áreas tem como finalidades garantir uma exposição segura de trabalhadores e diminuir a ocorrência de acidentes. Sendo assim, é extremamente importante que se busque consultorias especializadas antes do início das operações. A classificação deve ser correta a fim de evitar super dimensionamentos que causem excesso de gastos. Ou ainda uma classificação incorreta, em que fatores não considerados podem aumentar os riscos de incidência de explosão.

Equipamentos para área classificada: o que considerar

Antes de colocar uma planta em funcionamento, é preciso considerar que mãos humanas estão tomando conta dos processos no dia a dia. E é preciso garantir a segurança desses profissionais! Por isso, toda área classificada deve ser munida de equipamentos devidamente certificados para uso em áreas potencialmente explosivas. Mas é preciso entender o que isso realmente significa. Dizer que um equipamento faz parte da categoria Ex quer dizer que ele é capaz de controlar os eventos que poderiam dar início a uma explosão. Por exemplo: pequenos curto-circuitos, faíscas dentro dos equipamentos etc. Ou seja, não tem a ver com ser resistente à explosão, mas sim ter características capazes de conter o início destas situações. Então, antes de qualquer ação, entenda as características do seu setor e invista em equipamentos e marcas que irão garantir maior segurança operacional. Além de oferecer resultados, é claro. Uma instalação completa é a que é indicada para o seu negócio. E se ainda contar com alguma área classificada, os cuidados devem ser redobrados. A prevenção é sempre a melhor escolha e empresas especialistas entendem bem disso.


4 Kommentare
  1. Eliane Sandes

    Muito bom

  2. João Luís

    Toda edificação de caldeira a gás natural, será zona no mínimo zona 2?

    • Aquila Kaemi Infanti

      Olá, João!

      As áreas com risco de explosão devem ser definidas e documentadas por um engenheiro de segurança. Na classificação de zonas em específico, deve-se considerar as disposições das normas aplicáveis resumidas no artigo do nosso Blog:
      • Zona 0: risco constante de formação de atmosfera explosivas e que se dá por períodos mais longos de tempo.
      • Zona 1: risco de formação de atmosfera explosiva ocasional e em condições de trabalho consideradas como normais.
      • Zona 2: risco de formação de atmosfera explosiva excepcional, sendo devido a condições atípicas de trabalho e a formação de misturas explosivas se dá por períodos mais curtos de tempo

      Em outras palavras, se existe o risco de formação de atmosfera explosiva excepcional descrito para Zona 2, sim, no mínimo Zona 2; porém deve ser definido pelo engenheiro de segurança responsável.


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